A Bravata Weizenbier

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Minha querida Valéria chegou lá em casa como de costume e disse que tinha uma surpresa pra mim.  Quem não ­gosta de surpresas, não é mesmo?  Fique ansioso como uma criança e ela, fazendo aquele costumeiro suspense de quem é portador ­de boas notícias, trouxe-me não uma, mas duas, garrafas da sensacional cerveja artesanal Bravata Weizenbi­er.  Foi um presente da sua amiga, a Luciana, e a cerveja é fabricada artesanalmente pelo marido dela, o Fábio Reis.  Contatos no final do post. ­

Você leu o parágrafo ­anterior, não leu?  Pois bem, se a resposta for positiva, você ­verá que eu já dei um adjetivo para a cerveja.  E qual foi, Hein?  Hein? Acertou em ­cheio e sem colar! Isso mesmo, Sensacional! A cerveja é muito boa, muito mesmo e vale muito a pena. Confesso que tinha um preconceito (bobo, eu diria) com cervejas não filtradas até a Lal­i começar a comprar cerveja pra mim, mas, ­felizmente, percebi que era besteira e a Bravata Weizenbier é um excelente exemplo disso. ­

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Eu as abri pra ver um jogo do Fluminense contra o Santos e, enquanto eu as degustava, o Tricolor vencia.  ­Depois que acabei de ­tomar, bem geladinhas as duas, o Santos virou o jogo.  Mas acho ­que isso não tem muita relação com a cerveja não, acho que é mais porque esse time do Flu é muito ruim e ­me faz passar raiva.  ­Digressionei, vamos ao que interessa.

­Ela vem numa garrafa ­de 600 ml, num rótulo bem bonito de muito ­bom gosto e com todas as informações que você precisa.  Tem 4,5%­ de teor alcoólico, mas parece que é mais, ­e isso, vindo de minha parte, é um tremendo elogio.  Como o nome já entrega, é cerveja de trigo e tem um odor muito gostoso e mais forte que as Weiz­enbiers tradicionais,­ aliás, sua coloração também é de um amarelo mais dourado escuro, mas, com certeza é­ por ela não ser filtrada. ­

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Vale muito a pena experimentar. Você não vai se arrepender!  E aproveito este espaço para agradecer de coração ao Fábio e à Luciana e, como prometi, seguem os contatos para você ­adquiri-la.

Facebook: ­https://www.facebook.­com/bravatacervejarte­sanal/

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Bacalhau Espiritual

Se você gosta de bacalhau vai adorar… se não gosta, é uma boa oportunidade de apreciar o sabor e a textura de um prato delicioso, sem o compromisso de comer as postas do peixe.
Quem sempre faz um bacalhau espiritual maravilhoso na nossa família é a Tia Diva, tia e madrinha do Léo que apresenta o prato a cada Natal/Ano Novo e Páscoa.
Segundo a Tia Diva, a receita ela aprendeu com a Maria Thereza Weiss e tem esse nome porque leva pouco bacalhau em comparação com o tamanho do prato.
Fiz a minha versão e – modéstia à parte – nada ficou a dever do original.
Segue a receita:
Bacalhau Espiritual
Ingredientes:
800 grs de bacalhau muito bem demolhado
3 cenouras médias raladas
2 cebolas grandes raladas
3 dentes de alho picadinhos
100 grs de manteiga
50 grs de miolo de pão
1 xícara de leite
2 claras
sal e pimenta (a gosto)
2 colheres de sopa de queijo ralado
Para o molho béchamel:
2 colheres de sopa de manteiga
2 colheres de sopa de farinha
5 xícaras de leite
sal
pimenta
noz-moscada
2 gemas
1 caixinha de creme de leite
Modo de fazer:
Tire a pele e as espinhas ao bacalhau.
Pique o bacalhau (ou desmanche na medida que tira as espinhas)
Leve as cenouras, o alho e as cebolas ao fogo baixo, com a manteiga e deixe refogar um pouco.
Junte o bacalhau e deixe cozer um pouco mais.
Junte o miolo de pão embebido no leite quente.
Mexa bem. Tempere.
Prepare o molho béchamel, tempere-o com sal, e pimenta, noz-moscada e junte as gemas, o creme de leite e as claras em neve. Misture bem e junte porção ao preparado de bacalhau.
Deite num tabuleiro untado com manteiga e enfarinhado com farinha de rosca.
Polvilhe com o queijo ralado e leve ao forno até o preparado superior se apresentar fofo e dourado.
Sirva imediatamente com batatinhas palha.
Enjoy!
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O Angra: A Cerveja Angels Cry

O Angra é uma banda de Heavy Metal sensacional, com músicos excepcionais e proficientes em seus seus instrumentos.  É melhor do que 80% (no mínimo) das bandas do estilo e isso não é pouco, pois é uma banda brasileira (e o nosso combalido país não é uma nação “roqueira”, por assim dizer).
Dito isso, tenho que Confessori (Ahahahah, não consegui resistir) que não sou lá muito fã da música da banda, à exceção de algumas poucas canções.  Esse disco, o Angels Cry, é o de estréia da banda e, nele, há o incontestável clássicoCarry On”  que é, desculpe a redundância, uma música sensacional.  Porém algumas coisas me incomodam nesse primeiro trabalho e vou citar algumas delas: as letras do André Matos sofrem de falta de imaginação e da falta de rimas, o que prejudica, na minha modesta opinião, as melodias complexas, porém agradáveis.  Tanto é que a melhor letra do álbum é “Stand Away“, escrita pelo guitarrista Rafael Bittencourt.  Outra coisa que vale a pena citar é o excesso de teclados, e, quando eles dão as caras, são extremamente maçantes, exagerados, com uma sonoridade popanos 80” que não combina com o som do grupo.  O cover de Wuthering Heights da Kate Bush fica aquém do original (que é inatingível) e desnecessário.
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Mas vamos falar da cerveja que é o que interessa!  Essa foi o Jefferson quem me deu e o mínimo que posso dizer é que foi uma excelente escolha e combinou muito bem com o Sanduíche Empingao e as batatas rústicas que a Isabela fez pra acompanharShowzaço de bola!
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Angels Cry com Empingao e Batatas Fritas
É uma Red Ale, de alta fermentação, com teor alcólico de 6,5%, de cor avermelhada (dãããããã).  Ela é bem forte mas desce bem pra caramba, é encorpada e tem bastante espuma, a qual é bem cremosa e agradável.  Ela é adocicada e é equilibrada com o amargor que qualquer cerveja tem (e deve ter, lógico).
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Não é para ser bebida geladíssima e é, como as Bock (que são Lagers, Henrique Lagers), ideal para beber em dias frios.  Porém, como no Rio de Janeiro, cidade onde moro, não existe dia frio há pelo cinco anos, eu a bebi em um dia menos calorento e harmonizou, como eu disse anteriormente, legal legal com o Empingao (não resisto às rimas, ao contrário do André Matos).
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Bom, aproveitem pois vale muito a pena.  E dêem uma chance ao CD também, pode ser que vocês gostemDave Mustaine gostou e chamou o Kiko Loureiro pra ensiná-lo a tocar guitarra lá no Megadeth.
P.S. da Lalí¹: Eu gosto de Wuthering Heights do Angra, e de Carry On, e de Stand Away. 🙂
P.S. da Lalí²: Eu não sei como categorizar este post: seria uma resenha de disco, ou uma resenha de cerveja?  Heheheh!

“O” Pudim de Chocolate

Esta é A receita dO Pudim de Chocolate
Quando eu era criança, o que a gente conhecia por pudim de chocolate nada mais era que um mingau de maisena com nescau (ou outro achocolatado) e levado a gelar.  Todo mundo adorava!
Mas a gente cresce e os paladares diversos se modificam, então começamos a procurar por sabores mais… como direi?… autênticos.  Ou seja, chocolate tem que ter gosto de chocolate.
Pra quem gosta da matéria, segue a receita:
Pudim de chocolate
Calda de açúcar
1 xícara de açúcar
1/2 xícara de água
Pudim
500ml de leite
100g de chocolate meio amargo
100g de chocolate ao leite
4 ovos
1/2 xícara de açúcar
Numa panela, juntar o leite e o chocolate.  Levar ao fogo alto até derreter. Não é em banho-maria. Direto no fogo.
No liquidificador, bater os ovos e o açúcar.  Com o liquidificador ainda ligado, despejar o chocolate derretido com o leite com chocolate ainda quente, ate misturar bem.
Deitar a mistura na forma caramelizada e levar ao forno em banho-maria, por aproximadamente 45 minutos.
Enjoy!IMG_20160315_194949771

Oh! Minas – A caixinha cheia de uais, sô.

Há um tempo atrás eu assinava as famosas caixinhas de beleza.  Começando pela revolucionária Glossy Box, seguida de outras caxinhas do mesmo tipo, a Beauty Box, a Blush Box, a Glam Box… e assim várias box por diante.  Mas, o que raio é essa caixinha?  Bão… a parada consiste no seguinte: A empresa tem contato com vários fornecedores diferentes, e, todo mês, eles enviam para sua residência uma caixa surpresa com ítens desses fornecedores.  No caso das caixinhas de beleza, vinha um esmalte da marca X, mais um hidratante da marca Y… normalmente 5 ítens por mês, mediante assinatura com valor fixo.  Algumas caixinhas cobravam frete, além do valor da assinatura.

Bem, essa moda passou, diminuiu bastante, não existe mais Glossy Box no Brasil, a Blush Box (que era a melhor, na minha opinião) também acabou, e por aí vai.  Eu parei com as assinaturas antes do fim das caixinhas, e parei de receber as novidades de beleza do mundo. Hahaha.

Bem, acontece que, há cerca de 3 meses estava eu googleando algo para o trabalho, sim, trabalhando eu achei essa parada, me apareceu um site, onde a proposta da empresa era a mesma das caixinhas que eu comprava há tantos anos, porém, o teor era completamente diferente.  Eu encontrei a Oh! Minas

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Só que eles não chamam de caixinha, eles chamam de Cesta, que é mais chique!  E não vem cosméticos, vem artigos da culinária mineira.  Aí eu gamei, né?

Eu assinei a Cesta Delícias de Minas, que propõe chegar na sua casa todo mês com: uma bebida alcoólica, um tira-gosto, um tempero e um doce tipicamente mineiro.  E de quebra ainda acompanha um artesanatinho lindinho.  Bem, assinatura feita: paguei e esperei.

Fato é que eu já sou fã das guloseimas que vem de Minas Gerais, no geral mesmo.  Fiquei mais apaixonada ainda de receber todo mês isso na minha casa.  Chegou minha primeira caixinha!

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Veio um pacote de batata tipo chips (aquela da onda) artesanal, natural e gostosa pra caramba.  Por não conter conservantes, a batata tem um tempo de vida mais curto do que as industrializadas, então eu tive de comer todas elas logo…  Ai, que chato!

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Batata Natural Delícia – 200g sem ar

Veio um molho de pimenta que eu ainda não tive coragem de experimentar.  Eu gosto de pimenta, mas pouca… não sou de comer muita pimenta ardida, então já viu… bateu um medinho dela!  Mas o cheiro e a cor são maravilhosos.

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Molho Dona Santa com Pimenta Forte – que deve arder até os olhos

Veio uma caixinha com goiabada cascão que eu ainda não abri também, pq a caixinha é muito linda e eu estou com pena.  Mas já se encontra em cárcere privado na casa dos meus pais para que possamos comer juntos assim que possível! (Possamos assim que possível) Hehehehe.

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Goiabada Cascão – Industria de Polpas e Doces São Gonçalo Ltda.

Por último, mas não menos importante, a cachaça mais bonita que eu já vi.  Fiquei apaixonada pela cor e textura do líquido ainda dentro da garrafa.

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Cachaça Lua Nova – 45% de pura beleza alcoólica

Veio também um marcador de página, lindo, feito de babu, pirografado Belo Horizonte com a Igreja da Pampulha em riscos.  Simplesmente lindo, mas eu esqueci de fotografar para pôr no post.  Fico devendo.

Eu adorei tudo, e, embora não tenha tirado fotos das outras 2 caixinhas que já recebi, posso dizer que amei as coisas que vieram, dentre elas, já recebi Molho de Jabuticaba Picante (diliça), Biscoito de Polvilho e o Lombo defumado com provolone (diliça mor), que foram os meus preferidos.  Além dos artesanatinhos que vem sempre, já vieram chaveiros, mexedores de bebidas…

O que posso dizer é que continuo assinando a Cesta, e continuo tendo gratíssimas surpresas todo mês!

Já posso deixar uma receita básica com um dos ítens:

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Lombo Defumado com Queijo Provolone – Prata

Fatie bem fininho o lombo com provolone à gosto, pegue um (ou mais) pão suíço, coloque manteiga caseira, lombo, e coma.  Coma muito!

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Gostinho de infância… da minha mãe.

Nesse fim de ano que passou eu decidi fazer uma sobremesa nova, algo que eu nunca tinha feito.

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Então comecei a procurar receitas pela internet.  Procura daqui, pesquisa dalí, encontrei algumas receitas que me agradaram, mas não por completo.  Então fui fazendo vários monstros do Dr. Frankenstein, montando uma receita na outra até chegar ao resultado a seguir:

 

Ingredientes

-Suco de duas ou três laranjas bahia daquelas bem lindas com bastaaante suco e a Raspa da casca de uma das laranjas.

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-1 lata de leite condensado, sem a lata.

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-2 colheres de sopa de amido de milho (aquele mesmo que você está pensando!  o que usa pra fazer mingau)

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-250g de ricota esfareladinha.  Basta desfazer todinha com um garfo, ou com as mãos mesmo

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-4 ovos da diversidade inteiros

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-200g de damasco seco picadinho

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-1 liquidificador

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-1 forma untada e enfarinhada (eu usei uma forma redonda de fundo removível)

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Modo de preparo:

Coloca no liquidificador o leite condensado com o suco de laranja e bate até ficar homogêneo.  Então acrescenta o amido de milho, e bate até ficar uniforme, depois inclua a ricota com paciência pra liquefazer a mistura.  Adiciona os 4 ovos descartando apenas a casca, e deixa bater por quinze segundos, ou mais, para que os ovos sejam bem triturados e amalgamados à massa.

Desliga o liquidificador e ajunta, com uma colher, as raspas da casca de uma laranja bahia, a mais bonitinha e cheirosa.  Após consubstanciar suavemente as raspas, despeja com carinho na forma untada e enfarinhada, aí espalha os pedacinhos de damasco por cima da massa, com cuidado para não ficarem amontoados.  Não se assusta que esses pedacinhos vão afundar mesmo.

Coloca no forno pré-aquecido à 200ºC por cerca de 40 minutos, ou até ficar bem firme e levemente bronzeado, pq a massa fica branca mesmo.  Tira do forno, aguarda esfriar um pouco pra não esquentar as coisas na sua geladeira, e coloca pra gelar durante um bom tempo, pq ele fica mais gostoso bem gelado!

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Meu pai, minha mãe e minha tia experimentaram essa sobremesa.  Minha mãe arregalou os olhos e falou que lembrava alguma coisa que ela comia quando era criança, ao que minha tia disse que era o pudim de laranja da Vó Lina, mãe da minha mãe.  Daí tiramos o gostinho de infância.

Meu pai gostou bastante também! 😀

Não deu tempo de tirar foto. :/

A Pilsner Urquell

Tenho andado afastado deste blog por conta da correria do dia a dia e, consequentemente, falta tempo para escrever (problema esse que acomete mais de meio mundo, acredito eu).  Este texto, por exemplo, já comecei e parei mais vezes do que eu posso contar.  Se você estiver lendo-o neste minuto, foi porque eu acabei de escrevê-lo.  Mas, como diria Leozinho, chega de blá, blá, blá.
Essa eu ganhei da Lalí já tem tempo, porém, eu estava guardando pra uma ocasião especial e essa ocasião apareceu no Natal de 2015.  Porque era especial?  Porque, meu caro amigo, essa é a primeira Pilsen (da cidade Tchecoslovaca de mesmo nome) da história do planeta Terra!  É como se fosse a Action Comics 01 das cervejas!  Você não tem ideia!
E, pra minha sorte (ou competência de quem escolhe minhas cervas, né Lalí? Né Isabela?), teve uma história por trás dela.  Tentarei narrá-la brevemente.
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Coloquei a cerveja no copo, fiz o ritual de sempre e, quando dei a primeira golada, não era extamente o que eu estava esperando.  Era muito melhor, sem sombra de dúvida, e me deixou surpreso.  Eu esperava uma Pilsen, como as cervejas de fabricação em massa (weapons of mass destruction), que continuam a dominar o mercado nacional de cervejas, mas o que eu experimentei foi uma coisa muito mais sublime, bem mais amarga (e isso é elogio) e deliciosa do que eu esperava e combinou muito bem com o clima festivo e alegre de todos aqui em casa (família!) em mais um natal feliz (ganhei Las Mafiosas da Três Lobos!) e inesquecível.
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Ela não fez muita espuma e a que fez não durou muito.  Sim, eu fiquei olhando antes de tomar porque a cor dela é incrível e o cheiro melhor ainda.  Ela é mais escura que as cervejas de fabricação em massa.  Como eu disse anteriormente, ele é amarga, porém muito refescante e, para sentir o sabor em sua plenitute, não beba geladíssima.  Pra resumir: é a cerveja referência, ou seja, é a partir dela que você vai fabricar outras variedades do precioso líquido.  A Receita-Mãe.
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Mas o que eu descobri depois, e essa é a história por trás da experiência, é que, apesar do que elas mesmo apregoam, as cervejas de fabricação em massa não são PilsenesElas são American Lagers (justiça seja feita, as Budweisers e Heinekens não nos vendem esses gatos por lebres).  A diferença é que as Pilsenes são mais amargas do que as Lagers.  Eu ia explicar isso aqui mais didaticamente, porém o bom é beber.  De preferência acompanhado de um bom bolinho de bacalhau.  Aproveite!
P.S. da Lalí¹: Mais um Natal maravilhoso para contabilizar S2S2.
P.S. da Lalí²: Sobre o “meio mundo”.  Estou cada vez com mais medo de pesquisar coisas no Google Imagens.

Colorado e War!

Entre outros presentes de Natal, eu ganhei quatro cervejas da tradicional cervejaria de Ribeirão Preto (a terra do chopp e da cerveja) Colorado, a saber : Colorado Cauim, Colorado Appia, Colorado Indica e Colorado Demoiselle (além de duas calderetas personalizadas).  Não costumo beber as cervejas num mesmo dia, mas aquele foi um dia atípico, daqueles que ficam marcados na memória afetiva para sempre, pois nesse dia teve War!  Sim, senhores!  War, o tradicional, cult – e, descobriria eu, desejo secreto de todo adolescente e pré adolescente que ouviu seus pais, irmãos mais velhos, primos ou tios, contarem histórias de épicos embates que varavam horas – jogo de tabuleiro de estratégia (sorte conta muito pouco).  Contarei mais sobre ao longo do post.  Vou começar falando um pouquinho da Cervejaria Colorado.

Essa cervejaria, com apenas 18 anos de vida no mercado, já é considerada tradicional porque, no mercado célere, dinâmico, lépido, selvagem e altamente mutável em que estamos inseridos (piada interna), ela foi uma das primeiras cervejarias artesanais brasileiras.  Uma das primeiras a se recusar a ficar refém do mercado de massa que as grandes corporações nos impõem e, desaguando sua vocação alquimista nas águas de nossa realidade, resolveu misturar ingredientes típicos da cultura tupiniquim nas cervejas que tanto adoramos (Isabela e Lali: se eu estiver viajando muito, por favor, me cortem!).  Os rótulos são lindos e marcantes e já te pegam pela padronização belíssima e porque são paradoxalmente diferentes entre si.  São atrativos adicionais dessa cervejaria.

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Mas vamos à nossa história: Em janeiro do corrente ano, minha sobrinha paulista, Carolina veio passear aqui no Rio acompanhada de duas amigas também paulistas (Ana Júlia e Bia) e uma de Três Rios (Mariana). Elas ficariam na casa da minha mãe, porém, eu, como tio e anfitrião, as levaria pra passear na calorenta cidade maravilhosa, só que eu não poderia em um dos dias naquela semana, dia esse no qual eu tinha combinado com a Lali de jogar War.  Para minha surpresa, as quatro ficaram animadíssimas para participar da peleja.  Mas eu não deveria ficar surpreso pois, além do War, havia a oportunidade da convivência com a prima mais velha e ídala maior das garotas, a Laís, além do que ela ia levar cookies handmade by herself e a Isabela iria fritar pasteizinhos e assar pães de queijo.  Quer coisa melhor?  Ingênuo, eu.

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A foto tá tremida pq estavam todos rindo. ;D

Você, que leu pacientemente até aqui, deve estar se perguntando quando eu vou começar a falar da cervejas.  Você vai ter que me perdoar, pois este post transcende a mera avaliação.  Tem uma história no contexto e não posso deixar de contá-la, entretanto, calma meu caro leitor!  Eu não vou explicar aqui como se joga War.  Basta dizer que no tabuleiro, pra guerra em si, ficamos eu, Lali, Carolina, Bia e Ana Júlia.  Mariana não quis participar diretamente, optando por ajudar a Carol.  João não pôde participar (ele optou por ir ao Projac com as garotas, mas essa é outra história).  Foi aí que eu abri a primeira das quatro:

A Colorado Indica

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A Indica é uma IPA (a essa altura do campeonato, você já sabe o que é, não é mesmo?) tradicional, da maneira inglesa que deveria ser (e é!), ou seja encorpada, amarga, com teor alcólico alto (no caso desta aqui, 7%), cor escura, turva, com espuma não muito cremosa e também não muito espessa.  Mas essa tem um ingrediente secreto (como o bacon nos pratos salgados): ela tem rapadura na fórmula e, na minha modesta opinião, é isso que equilibra o amargor dela com um tempero dulçorizado (essa palavra existe?), e a faz simplesmente sensacional, não devendo nada, nada às importadas.  Imputo também à esse ingrediente o cheiro leve e doce desta maravilhosa cerveja.  Lembro também que, apesar de sensacional, ela é bem forte e não é pra beber direto várias garrafas. Para saborear.

Bem, essa primeira cerveja já me deixou preparado pra detonar as meninas (ou você acha que, por serem minha filha, minha sobrinha e as amigas dela eu ia dar mole?  Se você acha isso, não me conhece! Heheheh).  Meu objetivo era conquistar a Ásia, a África e outro continente à minha escolha (ou algo muito próximo disso).  O jogo prosseguiu ferozmente, como de praxe (Jefferson que o diga! Hahahaha), e a Bia, já no começo da partida, foi quase eliminada.  Carol, apesar da ajuda da Mariana, se saía um pouco melhor e a Lali, perdia territórios atrás de territórios, porém, dando sorte na troca das cartas por exércitos, fortalecia o território do Oriente Médio.  Eu?  Eu ganhava batalhas e batalhas e conquistava mais e mais territóriosEstava voando!  Afinal, desculpe-me se não mencionei, era War II (entendedores entenderão)! Resolvi então tomar…

A Colorado Demoiselle

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Essa é Porter.  Bem escura, quase preta, também encorpada, mas bem menos que a Indica.  Leva café e o sabor dele é marcante e inconfundível.  No cheiro você já tem uma prévia do que está por vir e, bem gelada, você nem sente o teor alcoólico de 6%.  Vantagem dela sobre a Indica: dá pra beber fácil fácil mais de uma (pra quem gosta de beber grandes quantidades, é claro).  Espuma bem cremosa (condição sine qua non pra uma boa Porter, na minha opinião) e amargor na medida certa.  Recomendadíssima!

Por aí vocês viram que eu estava no auge do entusiasmo.  Carolina (e Mariana, me irritando profundamente torcendo contra mim e, perceptivelmente pra “ídala” Lali) já dava sinais de desgaste dos seus exércitos, Bia, uma mera espectadora, Ana Júlia um pouco melhor –  mas só um pouquinho – que sua amiga de São Paulo, a Gotham City brasileira.  Lali não tinha muitos territórios, porém tinham exércitos pra cara…mba.  Eu não me preocupava com ela.  Aliás, não me preocupava com nenhuma delas e, na minha modestíssima e humilde opinião o jogo já estava ganho e encerrar era só uma questão de tempo.  Meus tanques e aviões estavam pelo mundo enquanto minha infantaria passeava no tabuleiro.  Foi com esse espírito, entre pastéis, pães de queijo e cookies (eu sei, cookie com cerveja? É porque você não comeu os cookies que a Lali faz), que eu resolvi abrir…

A Colorado Cauim

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Essa é uma Pilsen (como as cervejas ditas “comerciais”), mas não uma Pilsen comum: ela é de mandioca.  Eu gosto de cervejas  de mandioca, apesar de não ser das prediletas dos auto-proclamados “bebedores“, eu aqui publico e exprimo minhas próprias opiniões.  É completamente diferente das duas anteriores.  Não é encorpada, nem forte.  Ela é mais leve, mais “aguada” (isso não é uma crítica, não me entendam mal), mas muito saborosa, amarga como deve ser, com boa espuma e dá pra beber uma atrás da outra, se você quiser.  O teor alcólico ajuda, 4,5%, porque quanto menor o teor alcoólico, mais você tem que beber pra ficar “no ponto“, se é que você me entende.  Beba.  Se você se lembra, eu já tinha bebido duas das mais fortes e então…

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Acontecia algo estranho, mas eu não dava importância.  Eu sou um veterano do War.  Apesar da Lali ser veternana também, eu sou mais velho e, ora bolas, eu sou o pai dela!  Portanto, mais experiente.  Ela acumulava exércitos no Oriente Médio, dava uns ataquezinhos diversionários só pra enganar e ficava ali, se defendendo.  Afinal, quem ia querer a bosta do Oriente Médio, quando você poderia ter o mundo inteiro e, de lambuja, destruir seus inimigos?

Então, saí pra tirar uma “água do joelho” (bebe cerveja, bebe), quando voltei eis que, pra minha profunda surpresa, Lali proclamava vitória.  O objetivo dela era exatamente “trocentos exércitos no Oriente Médio” (bom, exatamente e trocentos raramente fazem parte da mesma frase, mas me permitam dessa vez).  Perdi.  Com muito mais territórios e exércitos que meus oponentes, eu perdi.  Muito zangado (eufemismo), decidi parar, enquanto elas começavam outra partida.  Resolvi provar…

A Colorado Appia

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Uma Weiss de estilo alemão, essa cerveja clara de 5,5 % teor alcoólico (que você quase não percebe) é de trigo e mel. Tem como ser ruim? Claro que não (nota mental: não tenho resenhado muitas cervejas de mel.  Preciso corrigir isso).  Apesar disso, ela tem um cheiro de frutas, que não acompanha o sabor.  Sua cor é a mais bonita das quatro e, apesar de ser turva também, é mais dourada.  Também não é tããããõo encorpada assim e dá pra beber várias sem esforço nenhum (heheheheh).  Essa me deixou com gosto de “quero mais“, mas não sei se foi por que era a última que tinha gelada em estoque (Isabela não deixa eu beber muitas, não sei porque hehehehehe, afinal, elas me fazem tão bem, como diria Lulu Santos).

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E foi isso.  Uma tarde incrível de verão, acompanhado da minha família, das amigas da minha sobrinha, bebendo e comendo do bom e do melhor.  Pena que não venci (grrrrr), mas foi uma lição de vida, por que não?  Quem vence (e consequentemente, é feliz) nem sempre é quem tem mais territórios, posses, o melhor exército etc.  Quem vence é quem conquista seus objetivos pessoais, sejam eles dos tamanhos que forem.  E é com essa metáfora da vida que o jogo de War nos ensinou que eu fecho este texto e agradeço a Deus por tudo.  Divertimo-nos e aprendemos valiosas lições, não é Isabela e filhos ?

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P.S. da Lalí: Foi um maravilhoso dia de aprendizados, divertimentos, felicidades e lições! S2

P.S.2 da Lalí: Eu li e reli o post, e fiquei com vontade de comer pão de queijo. ¬¬  Hahahaha.

Qual é a melhor banda do mundo ? O Slade, é claro !

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Como diria o mestre Eu Mesmo: “Quem não gosta de Slade, bom sujeito não é !”. Tenho certeza que muitos vão discordar (principalmente meu irmão), mas eu não ligo. Essa é minha opinião e, cada vez que eu escuto uma performance “ao vivo” do grupo, eu me certifico mais disso.

Dessa vez foi “Born To Wild”. Meu filho Léozinho fez uns daqueles testes que tem no Facebook e era algo do tipo “qual música te personifica ?” e pediu pra eu fazer também, porque estava curioso, e deu a supracitada “Born to Be Wild”. Milhões de versões dessa música foram gravadas, mas a minha preferida é a do álbum “Slade Alive !”. Curiosidade: meu saudoso pai adorava essa música. Ele dizia que,quando acabava, dava uma sensação de alívio intensa. Rsrsrsrs…coisas de Rui Machado.

Mas,voltando ao texto, O Slade não tem os músicos mais virtuosos do planeta, eles são no máximo, músicos medíocres (no bom sentido). A formação da banda normalmente (porque, às vezes, eles trocavam seus instrumentos, com exceção da bateria) era: Noddy Holder (Vocal e Guitarra Rítimica), Jim Lea (Baixo), Dave Hill Dentinho (Guitarra Principal) e Don Powell (Bateria). A dupla Holder/Lea eram os compositores das músicas (que, em muitos casos, tinham a grafia errada de propósito nos seus títulos) em quase sua totalidade. Por falar em Lea, ele era o motor do Slade, pois além do baixo, pilotava também teclados, piano, violino e outros mais.

Aí vocês devem estar se perguntando: “Como então eles são a melhor banda do mundo ?”. Eu falo. É por causa das apresentações ao vivo. O supracitado “Slade Alive !”, na opinião deste humilde escriba, é o melhor disco ao vivo de todos os tempos ! Holder dá um show de berros em “Get Down and Get With It“. Na, também já citada, versão matadora de “Born To Be Wild”, há barulhos de helicópteros, bombas explodindo, ruídos e microfonias mil e, principalmente, a platéia vai à loucura ! De tirar lágrimas do coração mais sensível. Chego a marejar no teclado. Há outros discos do Slade ao vivo, mas este é o Santo Graal.

A energia que o Slade coloca em uma apresentação de rock and roll é uma coisa de louco e contagia a platéia de uma forma sinergética impressionante. Veja nesse vídeo de “Dizzy Mamma”. Ignore que o riff da música é chupado de “Tush” do ZZ Top. Não é à toa que a performance deles no Festival de Reading em 1980 é tida como uma das melhores apresentações de uma banda em toda a história do rock an roll. Eles entraram nesse festival de última hora (substituindo o Def Leppard, se não me engano. Me enganei. Foi o Ozzy.). Eles tinham feito um sucesso incrível na Inglaterra (foram um dos expoentes do chamado “Glam Rock”, tendo emplacado diversos hits número 1 nas paradas britânicas mas nunca fizeram muito sucesso nos EUA) no final dos anos 60 e começo dos 70, mas a explosão punk os havia varrido do mapa. Juntaram a banda só pra tocar nesse festival e subiram ao palco sob os olhares desconfiados da platéia. Arrasaram !

Sem me estender muito: que Beatles, que Rolling Stones, que The Who que nada. Se eu tivesse uma banda, eu queria que os caras tocassem igual ao Slade ! Então “Cum on Feel The Noize” e “Gudbye T. Jane” ! Ou melhor, “Gudbye Gudbye“! Ah, mamãe, será que eu fiquei louco agora ?